sexta-feira, 23 de maio de 2008

gazza


talvez hajam leitores entusiastas do jogo que não saibam quem foi gazza - não se trata da crítica zona geográfica do médio-oriente, mas do irreverente jogador britânico Paul Gascoigne. ora, o que distingue a carreira deste jogador? em primeiro é o facto de ter espalhado grande talento pelos relvados; em segundo apenas a sua idiotice suplanta esse talento. muitos praticantes do great game uma vez ou outra na sua vida, ou constantemente são afectados pelo síndrome gazza.

perante a possibilidade duma boa jogatana, o praticante acusa a pressão do jogo e incorre em excessos comportamentais que acabarão por condenar o resultado. como analogia que nada tem a ver com futebol, permitam-me esta imagem: imaginem aquela mulher que "ah e tal sou bué independente" e bebe bebe bebe até acabar por estar esparramada de perna aberta em qualquer canto onde consiga encostar a cabeça [duvido que algum desportista nobre se sentisse honrado em derrotar um adversário desses, bom talvez um médio ofensivo que conheci perto de Abrantes, cujo passatempo era esganar a enguia com um aspirador] ou então pensem no viagro de Ferrel - um abraço para os ferrelenses que possam estar a ler este artigo.
o excesso de bebida ou a falta de capacidade de aguentar a chafurdice alcoólica arruínam a condição física do jogador e forçam-no a abandonar o campo entre a inconsciência e a agressividade para com os companheiros de equipa. consequentemente deixam a equipa a jogar com menos um jogador.

depois obviamente, as situações excêntricas, ou, vá, parvas, acabam por fragilizar a imagem do jogador perante o adversário e num mundo do agenciamento futebolístico assim o jogador, tal como sucedeu a gazza, rapidamente passará de grandes clubes e de convocatórias da selecção para clubes de escalões inferiores, apenas por teimosia e recusa em terminar a carreira, que só ele pensa estar ainda no auge. portanto caros desportistas cuidado com a palermice ou quando derem conta estarão em depressão aguda tal como o nosso estimado paul gascoigne.

ou então acordam um dia e ao vosso lado está deitado um camafeu de execrabilidade épica, e estão condenados a ter que jogar quando há convocatória, pois o vosso passe pertence ao clube.


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