sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Penalty

Caro Leitor(a) desde o nascimento deste humilde e sincero blog que nos dirigimos em jeito de humor e escárnio através de um vocabulário que pode levar o(a) caríssimo(a) leitor(a) a não entender tais comparações,adjectivos ou expressões nomeadamente gíria futebolística.
A rubrica de hoje serve para desvendar um pouco deste nosso dialecto, classificado como "o dialecto Joane". Se ainda tiver tempo ensinarei também como fazer uma maravilhosa punheta de bacalhau Ribeiralves, mas adiante.
Vamos hoje falar então da expressão penalty ou se preferirem a grande penalidade; para muitos é um gesto gracioso e subtil de marcar um golo, para outros uma situação a evitar.
Quem sofre um golo de penalty fica ridicularizado perante uma situação de clara,óbvia e directa declaração sexual,o fracasso portanto, porém que o marca e consegue o golo,arriscou e em boa hora o fez,conseguindo o tão desejado fernezim sexual,celebra com os seus colegas de equipa e exibe o seu gesto técnico com orgulho numa performance de exibicionismo.
Existe também aquele(a) que se faz ao penalty, tentando provocar a falta, ludibriando o juiz de jogo, ora era mesmo aqui neste aspecto que eu queria pegar caro(a) leitor(a) tomando a liberdade de vos apresentar dois videos de dois lances distintos (mas muito iguais) de duas tentativas falhadas de quem se quer fazer ao penalty e marcar golo, mas que de seguida no contra-ataque acaba por levar um valente "frango". Espero que tenham gostado deste momento lúdico e até uma próxima, quando á punheta...façam voçês mesmo.
Um grande bem-haja.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

purovic



há cerca de uma semana, num conhecido estádio lisboeta, nuno assis e simão deslocam-se para um jogo amigável, sem a carga competitiva do calendário oficial [ainda que se surgir a oportunidade de marcar golos esta não deva ser renunciada].
o jogo desenrolou-se sem grande história até ao momento em que surge em campo esse prodigioso exemplar de como não se deve comportar um avançado centro. uma desmarcação muito denunciada, pouca elegância na deslocação entre linhas e o remate, fortíssimo sem preparação nem classe, sai em rosca completamente ao lado da linha de golo. simão e assis entrelhoados observam que tal jogada ofensiva destrói a táctica paciente, que deve pautar grandes equipas, e causa uma retranca defensiva que a partir daí se torna impenetrável - era um jogo amigável, não havia necessidade purovic! no fundo com inzaghi fora dos relvados por tempo indeterminado, pode agora observar-se que nem todos os avançados tem faro pelo golo e classe de finalizador exímio - no entanto aqui ficam umas linhas de aplauso ao esforço desajeitado de purovic [pode ser que com um pouco de sorte consiga um golo às três tabelas ocasionalmente - há que continuar a lutar por oportunidades].

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

do calçado

aqui fica a filosofia para o cartão hallmark para o dia de s. valentim:

o amor é como os sapatos. exactamente sapatos.
por mais bonito que seja um par de sapatos se nos apertam não caminhamos confortáveis e acaba por provocar dor que nos fará tirá-los, se estão demasiado largos caminhamos aos tropeções e sem ter o passo seguro e confiante. obviamente que todos os pés são diferentes, mas queiram ou não assumir, aquelas são leis universais.
portanto escolham bem o par que calçam e não se apressem em comprar, até porque uma sapataria como deve ser permite experimentar antes de pagar. [até rimou e esta hein?]

sábado, 2 de fevereiro de 2008

2001-O presidiário e o bate-chapa

Sejamos francos,a proximidade e o estigma de chegar aos trinta anos faz com mantinhamos uma fiel ligação com o burlesco e de um modo geral sentimos um voltar atrás no tempo.A média Sagres cada vez mais volta a fazer sentido,mesmo com a concorrência das bebidas cor-de-rosa que voltamos a alcunhá-las de bebida de maricas, mesmo que outrora tenhamos emborcado mil litros da mesma sem cessar. A matrafona de anca larga e peito descaído quase ao jeito medieval de pêlos púbicos quase até ao umbigo é aquela que queremos vislumbrar constantemente num poster de um oficina qualquer.Olhamos para as nossas mãos não em jeito de passado, mas em jeito de presente(que tens tu ainda para me dar?) farei amor comigo mesmo até que o braço me doa.
Á nossa frente a pista de dança compõe-se, as pratas da casa há muito que já aqueceream o seu lugar cativo, os restantes adeptos vão chegando , uma moldura humana repleta de "belos" exemplares perante o desânimo dos jovens predadores que vêm a vida a andar para trás.
-Calma Manel! olha ali..olha acolá..hein?? e que tal??
Acenamos a cabeça como se aquele fosse um cabaret de luxo,sebém que o nosso sub-consciente nos ameaça em abandonar o nosso corpo caso nao saiamos urgentemente dali.Afinal a moça não tinha um buço, aquilo era só uma sombra, e o dealer que passou á nossa beira com ar pseudo ameaçador e a tresandar a droga é apenas um jovem que está ali para a pândega também,afinal de contas há sempre um fulano de côr, que tem um business e que julga que por ter um pila maior que o caucasiano, consegue ter uma maior prestação sexual....pfff, desculpe lá senhor 50 cêntimos mas não venha com fitas.
-Olha o senhor Inácio da oficina lá do meu bairro!! o sacana já saiu da choldra, parece que lhe reduziram a pena porque depois acabou por confessar onde tinha enterrado a cabeça da mulher.
Á terceira média, a pista é o nosso estrelato, cada rockada é um hino, cada moça flácida é uma Bo Derek, o barrigudo de camisola aos quadrados e de carrapito que se encontra ao canto e que incestentemente nao tira a mão do bolso enquanto balança a cabeça seguindo com os olhos os glúteos de uma das divas não é um maltrapilho, é apenas um camionista que parou para beber um copo, a bota bicuda faz todo o sentido, e o dente que falta á frente dá-lhe um toque experiente, maduro,viril, sensual portanto... .
Mais uma rockada, mais uma Sagres, e toda aquela banda sonora me faz lembrar de repente a minha vizinha do lado, que desgrenhada,oleosa, e de pijama e robe vestido inciste em ir despejar o lixo naquele "estojo", lembro-me sucintamente de a achar repugnante a pontos de querer copular com qualquer orifício menos com ela, e ainda por cima me cumprimenta sempre com a mesma pergunta e olhar preverso... _ Olá então tá bom?(enquanto me fita de cima a baixo),mas vou-lhe dar uma oportunidade e vou convidá-la a vir beber um copo aqui ao 2, pensei decidido.
Fui aos lávabos e tive um déjavu...parei, olhei em redor como se ali já estivesse estado, e tinha estado mesmo, só que eu ali, por momentos estava dentro de um filme, faltava-me saber qual.Enquanto aliviava a cobra sarolha que me olhou com ar reprovador, do género tira-me daqui, saí bem depressa quando me apercebi que o filme era o saw I . Foda-se só comigo, mas mantive a calma, até porque estava a passar um grande hit dos Bon Jovi, e era um abanar e um serpentear de corpos dignos de se ver, haviam moças com 4 seios, nao eu nao estava a alucinar, mas eu quero sempre pensar que aquela banha, aquele pneu é apenas um complemento, um extra, yeah! .
Existe sem dúvida em crise existencial próximo dos trinta, chama-se a fase chacal, ou abutre, o nosso orgão sexual agita-se mais doque nunca,exige,manda,desmanda, faz-me lembrar quando o alien sai da barriga das victimas e desata a foder tudo.Sem pânico e louquidão para não parecer mal, sentimos que o mundo está a acabar e que as vulvas nos passam por entre os dedos, mas em grande estilo o predador faminto caminha com um sorriso com se de barriga cheia estivesse,confiante.
De repente senti como se o meu coração descesse pelo meu corpo, mas não ,era o meu membro sexual que latejava numa pré-erecção, pois ao fundo da pista observava uma jovem que outrora conheci e me presenteou com um senhor broche enquanto fazia a travessia da ponte Vasco da Gama, sorri saudoso, pois não são todos que têm o belo prazer de ter 22 quilómetros de broche á sua mercê. A vida tem destes pequenos miminhos.
Quando fizer trinta anos vamos outravez ao 2001, para quê ir ao Lux comer caviar, se posso ir ao 2 comer um cozido á portuguesa? eu vou fazer trinta anos páh! .