terça-feira, 31 de março de 2009

das yoko ono

vê-se diluída uma geração de craques com uma dimensão duns fab four [embora ao nível da parvoíce e chauvinismo disfarçado de charme] e ocorre um lamento. o saudosismo de grandes dias de futebol e bons jogos, duma equipa a encantar os relvados da bola.

onde surges agora em fora de jogo inzaghi?
quem comandas com argúcia trappa,
que títulos conquistas sem a coragem da tua linha ofensiva.
porque corres sozinho simão? não te acompanha já o toque subtil do assis?

são as yoko ono que diminuem o ego, empobrecem o talento e silenciam a impetuosidade do rock n' roll. a bola vai parando de entrar na baliza. portugal está prestes a falhar o apuramento para o mundial.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

enfim

aqui há dias, enquanto aliviava o intestino grosso, lia a revista de domingo do correio da manhã. revista onde uma senhora vinha como testemunho duma moça portuguesa que se havia casado com um crente islâmico - à laia de exemplo contra a barbaridade sociológica que o cardeal policarpo proferiu há mais dias ainda.

ora a moça, agora uma senhora, afirma que o noivo era uma jóia de moço. o problema foi depois do casamento ter-se tornado no oposto: possessivo, controlador, e até uma porradita ou outra amorosa, mas a moça "era nova" afirma e ainda assim lá aceitou mudar-se para uma nação árabe [não me ocorre agora qual, esse é um dos problemas da leitura enquanto manobra de distracção a escatologia física] cheia de boa fé nas maravilhas que o cônjuge lhe relatava sobre a sua terra natal. aí chegada, conta, levou uma pedradas numa ocasião em que se dirigia ao supermercado [por estar a usar um símbolo cristão (a cruz)], o marido chegou-lhe amorosamente a roupa ao pêlo mais uma vez ou duas e confessa ainda a jovem senhora, perdeu a sua identidade, a sua liberdade pessoal.

algures neste relato diz que não concorda com o cardeal patriarca, quando este alerta cuidado às moças enamoradas por fundamentalistas do islão, que podem vir a ter problemas devido aos choques culturais, ao facto de esse ser um tipo de estar na vida que é deveras intransigente e permite pouca miscigenação de valores, etc.

também acho que sim, que só alguém que queira mesmo problemas é que alertaria a sociedade para os diálogos que são urgentes. alguém que deseje tais problemas e ainda ser sarnado por todo um lobby de pseudo esquerda intelectual que abunda nas nossas fronteiras.

afinal, a senhora que nem consegue o divórcio, apesar de se ter escapulido de volta para a lusitana província ibérica acha uma palermice. ou seja, levar umas pedradas e um açoite de vez em quando é uma forma de crescer enquanto ser humano. caramba e pensar que às vezes me interrompem o coito porque uma palmada entusiasmada na nalga feminina "é depreciativo para o sexo feminino".